19 de abr. de 2011

Dissertação - 1

Apetece-me começar este post de forma excessivamente coloquial. E excessivamente porque, de uma forma geral, os postes são textos algo coloquiais. Pelo menos essa é a minha perceção. Deveria talvez aprofundar a questão e estudá-la... Mas neste momento tenho outras prioridades e esta forma de iniciar este post serve precisamente para iniciar o processo de escrita do trabalho mental que tenho vindo a desenvolver. De certa forma pretendo provocar ou talvez seja melhor utilizar o verbo motivar a escrita.
Mas como dizia há pouco, apetece-me começar este post de forma excessivamente coloquial. E começá-lo-ia assim:
Ok. Posso passar à fase seguinte.
Revisto o projeto entregue em dezembro, de acordo com o cronograma lá definido, estou atrasada face ao trabalho que já deveria estar feito. Falo, claro, neste caso, da dissertação. 

Estou preocupada? Sim. No entanto, tenho procurado não entrar em stress, como também se costuma dizer nestas situações (continuando a adotar o tom coloquial...), porque corro o risco de ficar parada. Aliás, pelo que vou lendo, principalmente, nas redes sociais, esta será uma sensação  comum a quem esteja em idêntica situação.

É a primeira vez que faço um mestrado, logo é a primeira vez que estou a escrever uma dissertação. Sinto-me nervosa, por vezes acho que o adjetivo  mais adequado é mesmo ansiosa. Revejo o que já fiz e considero que foi muito pouco. Que falta qualquer coisa... Que tenho de começar, isto porque tenho sentido muitas vezes que ainda não comecei. Depois respiro e penso que tudo já começou e que esta é outra fase.

Decidi, por isso, sentar-me e deixar aqui esta nota. Confesso que, às vezes, tenho saudades dos prazos que tínhamos para concluir as atividades, no primeiro ano. Impunha um ritmo de trabalho e, principalmente, de escrita que, nesta segunda parte, ainda não encontrei. Ou até pode ser que seja este o ritmo. Será um caso a ir acompanhando.

E, enquanto leio A Arte da Investigação com Estudos de Caso (Stake, 2009), resolvi reler dois artigos cuja leitura  a Professora Lina Morgado, enquanto Coordenadora do Curso de Mestrado em Pedagogia do ELearning (Universidade Aberta)  nos sugeriu no início deste segundo ano: Writing a Research Paper: From the Parts to the Whole (Figueiredo, 2010) e Writing your Winning Thesis ( Lajom & Magno, 2010).
Na altura li os textos, retive as ideias essenciais, mas não senti, então, que fossem textos essenciais. Agora, a sua re-leitura foi importantíssima.
Nas conclusões do seu artigo, o Professor Figueiredo afirma:
We hope that this will help young authors get their papers together in a short time, while achieving a high level of paper quality.
Para já, ainda não tenho dados suficientes que possam garantir que vá conseguir cumprir os prazos e fazê-lo com a qualidade requerida, no entanto, fiquei mais calma e sorri quando, na segunda parte do artigo (Additional considerations), nos é dito que não faz sentido escrever a Introdução ou a versão final do Resumo sem que o resto do texto esteja feito. Aconselhando mais à frente que as Conclusões devam ser redigidas sem ser à pressa e com uma mente fresca. A razão pela qual sorri prende-se com a escolha que, entretanto, fizera da imagem que acompanha este post e que pode ser vista no canto superior esquerdo do mesmo.
Quanto ao artigo de Lajom & Magno, tive vontade de o traduzir e sintetizar. Talvez o faça ainda, já que devo voltar a lê-lo. Destaco, para já, a primeira parte e em concreto o seguinte  aspeto a que os autores designam por Environmental structuring. De momento não consigo encontrar, em português, uma expressão que consiga traduzir a ideia contida na descrição deste aspeto, por isso mantenho a versão em inglês. E, para já, essa é a minha preocupação: conseguir encontrar no meu dia a dia um ambiente propício à reflexão, ao trabalho da dissertação.

Já me tenho interrogado se, neste processo de aprendizagem, terei errado nalgum momento, isto porque não me está a ser fácil manter  um ritmo de trabalho propício que permita desenvolver o projeto tal como o defini, implicando isso o cumprimento das várias etapas. Entretanto, e porque esta reflexão acontece em véspera de reunião com a orientadora julgo que, e tal como aconteceu no primeiro ano, a presença do Professor é importante e, neste caso, quase à letra, orientador. Pelo menos, motivou este ponto da situação, o primeiro.


NOTA FINAL
E está assim criado outro marcador deste espaço: Ponto da situação. Em princípio, o título desses postes será Dissertação, com a numeração. Caso considere que seja mais pertinente dar outro título, a isso farei referência.
A propósito da necessidade de ir escrevendo sobre este e outros aspectos que envolvam o elearning pretendo ainda durante a interrupção lectiva publicar umas breves palavras, assim como gostaria de conseguir concluir um powerpoint que estou a construir sobre o meu lugar na rede. Veremos se consigo.