5 de jan. de 2021

« A educação 4.0, até então em voga, teve de despontar do dia para a noite e muitas escolas, profissionais da educação, sejam docentes ou técnicos não estavam preparados para o cenário apresentado. Nela o conhecimento encontra-se à disposição na web, por meio de várias plataformas e programas, favorecendo uma permuta de parcerias, colaboração, atividades coletivas e partilhadas, entre outras vantagens. Segundo Kenski (2003, p. 5) “saber utilizar adequadamente essas tecnologias para fins educacionais é uma nova exigência da sociedade atual em relação ao desempenho dos educadores”.» (p. 120)

«Este estudo buscou como desafio associar os possíveis estilos de aprendizagem dos educandos com o ensino na modalidade não presencial. Vieira Júnior (2019) destaca que são muitos os fatores que influenciam a relação ensino-aprendizagem como, por exemplo, os ambientais, físicos, emocionais, cognitivos, sociais etc. Muitas também são as teorias acerca desse tema extremamente complexo: as metodologias de ensino e aprendizagem. Talvez, um dos poucos consensos é que cada indivíduo possui um ritmo e forma característica de aprender, daí surgem os chamados Estilos de Aprendizagem, em que os discentes podem aprender melhor, uns a partir da leitura, outros pelo que ouve, alguns apreciam desenvolver trabalhos em equipes outros já são mais introspectivos, outros aprendem pela observação e visão, enquanto outros se apegam ao entendimento do todo e não das partes.» (pp. 120-121)

«Segundo Kenski (2007), não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação, porém elas precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que o seu uso, realmente, faça diferença. Não basta usar a televisão, tablet, computador, notebook ou celular é preciso saber usar de forma pedagogicamente correta a tecnologia escolhida.» (pp. 121-122)

«Mas não basta apenas escolher a plataforma que melhor se ajusta à necessidade do docente, é importante aliar os recursos educacionais, por meio de suas plataformas e sistemas, aos projetos pedagógicos, envolvendo os conteúdos, ementas, técnicas e atividades que melhor se adequem aos objetivos de cada disciplina ou curso.»(p. 123)

«Maia e Mattar (2007) destacam que o design de um curso a distância vai além do projeto visual (tipográfico) do material, requerendo que o designer (docente) planeje didaticamente o percurso do aluno no conteúdo, se será linear ou se será livre, o controle e a autonomia do aluno, o planejamento da interação no curso, acesso ao material, tecnologias utilizadas e até mesmo o custo do projeto. » (p. 123)

«Filatro (2008) divide os eventos instrucionais em quatro grandes blocos: 

- Introdução: ativar a atenção do aluno, informar os objetivos da aprendizagem, aumentar o interesse e a motivação; 

- Processo: Recuperar conhecimentos prévios, apresentar informações e exemplos, fornecer feedback ;

- Conclusão: Revisar e sintetizar, transferir a aprendizagem, remotivar e encerrar; 

- Avaliação: Avaliar a aprendizagem, fornecer feedback e complementação da aprendizagem.» (p. 124)


Quadro 1 - Atividades possibilitadas pelo aprendizado eletrônico

(p. 125)


Quadro 2 - Técnicas pedagógicas para utilização em Ensino Não Presencial

                                                               (p. 125-126)


 ENSINO REMOTO NA PANDEMIA: PROPOSTA DE DESIGN INSTRUCIONAL A PARTIR DE ESTILOS DE APRENDIZAGEM

M Dornelas, C Campos, V Martins - Brazilian Journal of Policy and Development …, 2020