24 de abr. de 2024

A magia da avaliação formativa

"Tem preferência por alguma das modalidades? Porquê?"


Considerando o caráter de completude que as duas modalidades de avaliação mencionadas aqui (acesso pelo link em cima), formativa e sumativa, a resposta "politicamente" correta deveria ser que não tenho preferências já que ambas são importantes para o desenvolvimento da minha prática pedagógica e essenciais na aprendizagem dos alunos.

Mas eu tenho preferência.

Sem dúvida que o processo formativo é mágico e a possibilidade de acompanhar os alunos no desenvolvimento das suas competências cognitivas e sócio-afetivas é um privilégio que temos, enquanto professores. Naturalmente que o momento sumativo, aquele que permite saber se o aluno já sabe, é relevante mas só lá chegamos se o formativo tiver acontecido. E com qualidade. Por isso, cada vez mais procuro transformar esses momentos de validação das aprendizagens em momentos onde estamos todos a perceber em conjunto se já se sabe. E aí o resultado é igual para todos. Começa a ser muito interessante, porque na discussão conjunta em grupo turma, os alunos, ao terem de decidir qual é a resposta certa, qual é a melhor maneira de resolver a situação que eu coloco, começam a discutir e a argumentar, tentando convencer os colegas de que a sua perspetiva é a que está correta. E dão exemplos, ou vão ao caderno para mostrar que têm razão e consultam o manual. Já aconteceu pedirem-me para usar o telemóvel (acesso à internet). E, chegados a este ponto, deixa de fazer qualquer sentido aquela ideia de que um teste feito individualmente pode validar aprendizagens que foram construídas desta forma, em grupo, a socializar.

Por isso, sem dúvida que o processo formativo é muito mais estimulante, até porque nesta perspetiva que aqui estou a desenvolver, o mesmo contém sempre o sumativo, ou seja, no processo de aprendizagem, logo formativo, há um momento (uma tarefa) de caráter sumativo. É simples. 


Reflexão feita no âmbito da frequência do Curso Competência digital docente: avaliação pedagógica

Avaliação Sumativa e formativa, duas faces da mesma moeda

Considerando o que acabei de publicar aqui (link de acesso em cima), parece-me ter ficado claro que no desenvolvimento das minhas práticas implemento de forma integrada as duas modalidades de avaliação: formativa e sumativa. Ambas são inerentes ao processo de aprendizagem. A formativa centrada no próprio processo em si, onde o feedback adquiri um papel fundamental, já que é por ele que o aluno e nós próprios fazemos a "radiografia" do momento em que o aluno se encontra e para onde deve seguir, considerando os objetivos a atingir. E claro que a avaliação sumativa é também um momento relevante já que permite perceber se as aprendizagens trabalhadas já foram adquiridas.

Portanto, à pergunta "Que modalidades de avaliação implementa nas suas práticas e que importância lhes atribuir?", implemento as modalidades formativa e sumativa, tendo ambas a mesma importância, dado que acontecem em momentos distintos do processo de aprendizagem.


Reflexão feita no âmbito da frequência do Curso Competência digital docente: avaliação pedagógica


Avaliar: selo de garantia do processo de ensino e aprendizagem

"O que é avaliar?"

Enquanto professora, avaliar é, na sua essência, acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos nos seus vários momentos. Começa, sempre, tem de começar, por tornar claro aos alunos quais os objetivos que têm de alcançar, ou seja, tem de estar muito claro, desde o início, para os alunos o que é que estamos a "fazer" a para o quê. 

Depois, sempre em contexto, construindo uma teia de sentidos, em que as situações de aprendizagem são propostas de forma a que fazerem sentido, o processo de aprendizagem vai acontecendo e sendo construído sempre através de atividades que, frequentemente, têm tarefas nos seus vários momentos. E é fundamental nesses momentos, em que os alunos estão a aprender, que eu consiga responder de forma muito eficiente e rápida sobre o que vão fazendo. Por isso, cada vez mais, opto por momentos de aprendizagem em que, no momento inicial, tudo começa comigo, em grande grupo. A interação é contínua e a estratégia é simples: pergunta / resposta que leve a reflexão. Muitas vezes, nesse processo, pretende-se mesmo que o "erro" aconteça para que possa suscitar a reflexão. 

A seguir, há sempre momentos de trabalho a pares ou individuais, quase sempre por escolha dos alunos. Em situações específicas também é desenvolvido trabalho em grupos de três ou quatro elementos. 

Por fim, em cada aula, existe a prática da síntese durante a qual um aluno por aula identifica aquele aspeto ou aspetos que considerou mais relevante, explicando as razões. Portanto, ainda que frequentemente não seja possível concluir os momentos pensados (as aulas têm cerca de 50 min cada), pelo menos identifica-se aquilo que foi mais marcante. E esses momentos em que são os próprios alunos que me dão feedback sobre o que estiveram a aprender são muito importantes, dado que me permitem, recorrentemente, efetuar alterações ao desenho das atividades pensado inicialmente. E na aula seguinte fazem-se pontos de situações, no princípio, para continuar o trabalho. Naturalmente, ao fim de cada momento de aprendizagem procura-se efetuar um ponto de situação através do qual os alunos possam mostrar que já aprenderam. No fundo, avaliar é, em sentido amplo, a garantia de que, enquanto professora, consigo ensinar e os alunos aprender.


Reflexão feita no âmbito da frequência do Curso Competência digital docente: avaliação pedagógica