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26 de mai. de 2024

Ferramentas digitais para planificação

 Visualizados os vídeos, passarei, então a dar a minha opinião sobre os aspetos solicitados:

        **Que mais-valias pode uma ferramenta deste tipo aportar para os 
seus desenhos de aprendizagem?**

As mais-valias estarão intimamente relacionadas com uma questão essencial: Qual é o nível de desempenho do professor no âmbito do domínio das tecnologias digitais? Nos exemplos apresentados sugere-se a utilização de vários recursos e estratégias pedagógicas pelo uso das ferramentas digitais que só um professor com um nível elevado de competência digital poderá decidir de que forma será possível fazer uso dos mesmos de forma integradora. Isto é, sendo eu professora no regime presencial, tenho que saber como utilizar aquela estrutura pré-feita nas aulas que planifico. E isso pode ser complicado, dado que todo o desenho apresentado presta-se, predominantemente, a situações de aprendizagem online onde a comunicação é feita de forma mediada. Ora, se o professor que vai usar essas ferramentas o fizer como substituição do suporte em papel poderá haver um hiato entre o que propõe e o que efetivamente os alunos vão fazer. Portanto, há um longo trabalho de preparação dos alunos para que saibam usar e aprender nesse tipo de ambiente. Terá de haver, por exemplo, em todos os anos letivos, no princípio, atividades de ambientação para que os alunos comecem paulatinamente a aprender a usar as ferramentas com os objetivos didáticos que o professor lhes confere.

No caso do professor dominar já a utilização das ferramentas digitais nos processos de construção pedagógica, este tipo de plataformas pode ser uma mais-valia muito facilitadora, caso ainda não tenha criado a sua própria estrutura para os cenários de aprendizagem.

        **Que diferenças identifica no que faz atualmente e 
no que pode fazer com uma ferramenta com estas funcionalidades?**

Não encontro muitas diferenças, no que respeita a integração das ferramentas digitais nos cenários de aprendizagem que crio. Quanto ao modelo de cenário o que que uso aproxima-se naturalmente das estruturas apresentadas. Há cerca de seis, sete anos, iniciei com uma colega um processo de construção de modelo de cenário de aprendizagem, já que chegámos à conclusão que as planificações que usámos já não funcionavam. A partir desse trabalho, apresentei enquanto coordenadora de departamento uma estrutura que permitisse facilitar a verticalização das aprendizagens, objetivo que fazia parte do plano de melhoria do nosso agrupamento. Partilho a apresentação criada para o efeito numa reunião de


departamento. Clique no tópico em discussão e use a função responder e/ou comentar. Aconteceu em 2021. Neste momento a estrutura usada já não corresponde na íntegra ao que está nessa apresentação. Um dos aspetos mais interessantes destas estratégias é precisamente a sua permanente possibilidade de adaptação que o uso do digital facilita. Ainda assim, em sala de aula, cada vez uso menos o digital. O que não deixa de ser curioso. Já o disse por aqui: A pandemia deu-me uma certeza: em sala de aula temos de estar cada vez mais com os alunos. E estar aqui é sinónimo de permanente interação, em conversa. Em diálogo, questionando, promovendo a escrita, escrevendo com "eles", lendo com "eles". Lendo para "eles". Esta última uma atividade que, se calhar, muitos de nós ainda usufruímos quando éramos pequenos e os nossos pais nos liam antes de dormirmos...E que agora não acontece. E é tão importante. 

Rubrica || TRABALHO DE GRUPO

"Um dos problemas dos trabalhos de grupo é identificar quem assumiu mais responsabilidade pelo trabalho desenvolvido, quem mais se empenhou e merece, por isso, mais crédito. Usar uma rubrica de avaliação por pares quando os alunos tiverem de avaliar os membros do seu grupo e disponibilizá-la previamente, pode ajudar."

A rubrica agora partilhada foi construída no âmbito do desenvolvimento do Projeto Final de turma, processo a considerar para a atribuição da nota.  

A rubrica foi criada para que os alunos fizessem a avaliação interpares no Projeto Final de turma. Neste projeto, os alunos definiram a ponderação do mesmo na nota final, considerando que o outro critério para a atribuição da nota é a qualidade do respetivo desempenhos nos domínios específicos da disciplina, no caso português. A professora apenas definiu quais eram os mínimos para cada um dos aspetos. A discussão, depois, é feita em turma e são eles que fazem três propostas e votam. 

No fim, será feita a avaliação e classificação do produto final e os alunos, entre pares, a heteroavaliação da forma como se envolveram no trabalho. 


Que ferramentas e que feedback?


A principal ferramenta é, sem dúvida, a presença física e a voz humana. Se alguma "coisa" os momentos de confinamento por causa da Covid-19 nos deram certezas essa foi uma. Nada substitui a sala de aula física onde alunos e professores "coabitam" e desenvolvem o aprender. Os afetos são fundamentais e aprender a reagir através da expressão não verbal é muito importante.

Muitas vezes deparo-me com situações em que os alunos são incapazes de distinguir um esgar de desagrado de uma expressão de bonomia. E cada vez valorizam menos a comunicação verbal, considerando que podem dizer tudo mesmo que a expressão facial esteja a dizer o contrário daquilo que estão a pensar ou a sentir.  Confrontados com essa circunstância, ficam sem saber reagir, mas não contestam o que não deixa de ser interessante. Pode isso querer dizer que percebem o que se está a dizer quanto à aparente contradição entre o que estão a dizer e a sentir, mas não sabem como reagir sequer, porque também não sabem como evitar isso. Talvez isso resulte do facto de, digitalmente, poderem escolher o emoji para mostrar o que sentem ou escolher o emoji que acham que os outros vão querer ver/ler, mesmo que não corresponda ao que sentem. É complicado.

Ainda assim, as ferramentas digitais podem ser muito úteis, por exemplo, na classificação de itens de seleção, o googleForms.

Nesse tipo de exercício, os alunos têm automaticamente o resultado do seu desempenho e podem perceber pela solução a razão pela qual erraram. Aprendem. No entanto, às vezes, é necessária explicação adicional e isso é feito quase sempre através da troca da mensagens pela TEAMS. Ao longo dos três anos em que trabalho com os alunos (7.º, 8.º e 9.º Anos), vou promovendo esse tipo de interação que permita um acompanhamento de facto diferenciado além de estimular a vontade de os alunos perguntarem, logo, saberem, aprenderem.

Muito eficaz também é atribuição de emojis previamente definidos no princípio do ano como indicadores do nível de desempenho das tarefas.

Optei por trabalhar apenas com três níveis: Conseguiu atingir o objetivo pretendido; Tem de melhorar; Houve um erro. E neste último nível, o emoji não está triste. Defendo que não devemos associar a tristeza ao fracasso. Isso tem como consequência a autocomiseração e desenvolve frequentemente, nos alunos, a ideia de que não são capazes.

Assim, proponho que fiquem "zangados", explicando que , se trabalharam, estudaram, e o resultado não é, no mínimo, suficiente, é porque algo não ficou bem percebido e têm de refazer o estudo. Logo, devem ficar "zangados" para agir. Não tristes. Se não estudaram, maior deve ser a razão da "zanga"...

Nas propostas feitas através da microsoft forms, criadas na TEAMS, plataforma que usamos no meu agrupamento, é também possível enviar feedback de qualidade indicando em concreto os aspetos que podem/devem ser melhorados. E esse é sempre o princípio quando o erro acontece: sugerir melhorias. A utilização das rubricas, em particular as criadas no próprio sistema da TEAMS, também permitem distribuir feedback de qualidade dado que acompanham as tarefas desde o início das propostas feitas, permitindo assim também a mim como aos alunos a identificação rápida do que correu menos bem. Bem como, claro, a identificação dos aspetos mais bem conseguidos. 

O que é o feedback e porque é importante?


O "feedback" é todo e qualquer momento em que alguém informa o outro do resultado da interação tida no momento imediatamente anterior. Ora, esse momento é fundamental para que o outro possa, a seguir, reagir por forma a que existe comunicação efetivamente. 

Partindo deste princípio, em educação, esse é o momento chave do processo de aprendizagem. Não aprendemos sozinhos, logo, a possibilidade de termos alguém que nos diga como estamos e o que temos de fazer para melhor é essencial para que a aprendizagem aconteça. 

Diria que o feedback corresponde ao melhor momento de empatia numa sala de aula.


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SUGESTÃO DE MELHORIA (processo de autocrítica proposto)

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Parece-me que deveria ter dado um exemplo para concretizar a ideia. 

6 de mai. de 2024

As mais-valias do uso de tecnologias digitais nas avaliações

Já uso as tecnologias digitais no processo de avaliação dos alunos. Considerando que ainda antes da pandemia já usava de forma sistemática os fóruns de uma disciplina na Moodle para que os alunos desenvolvessem atividades que lhes permitissem completar as aprendizagens iniciadas em sala de aula, enriquecendo assim o processo já que o uso das paltaformas permite diversificar os recursos de forma mais eficaz.

Dado que na construção das tarefas que proponho existe sempre uma grande preocupação em informar os alunos dos objetivos que se pretendem atingir e se disponibilizam ferramentas que facilitem a consecução dos objetivos, de forma faseada, considero que as questões que são colocadas no vídeo estão também presentes no meu trabalho: "Porquê avaliar, o que avaliar, quando avaliar e como avaliar?"

O uso das plataformas, no meu agrupamento temos a possibilidade de usar quer a TEAMS quer a Moodle, facilita, sem dúvida o momento de entrega das tarefas e também o acompanhamento do processo. Portanto, eu diria que a mais-valia do uso das tecnologias no contexto da avaliação pedagógica é o facto de otimizar a do processo de comunicação entre alunos e professores .

Reflexão feita no âmbito da frequência do Curso Competência digital docente: avaliação pedagógica

24 de abr. de 2024

A magia da avaliação formativa

"Tem preferência por alguma das modalidades? Porquê?"


Considerando o caráter de completude que as duas modalidades de avaliação mencionadas aqui (acesso pelo link em cima), formativa e sumativa, a resposta "politicamente" correta deveria ser que não tenho preferências já que ambas são importantes para o desenvolvimento da minha prática pedagógica e essenciais na aprendizagem dos alunos.

Mas eu tenho preferência.

Sem dúvida que o processo formativo é mágico e a possibilidade de acompanhar os alunos no desenvolvimento das suas competências cognitivas e sócio-afetivas é um privilégio que temos, enquanto professores. Naturalmente que o momento sumativo, aquele que permite saber se o aluno já sabe, é relevante mas só lá chegamos se o formativo tiver acontecido. E com qualidade. Por isso, cada vez mais procuro transformar esses momentos de validação das aprendizagens em momentos onde estamos todos a perceber em conjunto se já se sabe. E aí o resultado é igual para todos. Começa a ser muito interessante, porque na discussão conjunta em grupo turma, os alunos, ao terem de decidir qual é a resposta certa, qual é a melhor maneira de resolver a situação que eu coloco, começam a discutir e a argumentar, tentando convencer os colegas de que a sua perspetiva é a que está correta. E dão exemplos, ou vão ao caderno para mostrar que têm razão e consultam o manual. Já aconteceu pedirem-me para usar o telemóvel (acesso à internet). E, chegados a este ponto, deixa de fazer qualquer sentido aquela ideia de que um teste feito individualmente pode validar aprendizagens que foram construídas desta forma, em grupo, a socializar.

Por isso, sem dúvida que o processo formativo é muito mais estimulante, até porque nesta perspetiva que aqui estou a desenvolver, o mesmo contém sempre o sumativo, ou seja, no processo de aprendizagem, logo formativo, há um momento (uma tarefa) de caráter sumativo. É simples. 


Reflexão feita no âmbito da frequência do Curso Competência digital docente: avaliação pedagógica

Avaliação Sumativa e formativa, duas faces da mesma moeda

Considerando o que acabei de publicar aqui (link de acesso em cima), parece-me ter ficado claro que no desenvolvimento das minhas práticas implemento de forma integrada as duas modalidades de avaliação: formativa e sumativa. Ambas são inerentes ao processo de aprendizagem. A formativa centrada no próprio processo em si, onde o feedback adquiri um papel fundamental, já que é por ele que o aluno e nós próprios fazemos a "radiografia" do momento em que o aluno se encontra e para onde deve seguir, considerando os objetivos a atingir. E claro que a avaliação sumativa é também um momento relevante já que permite perceber se as aprendizagens trabalhadas já foram adquiridas.

Portanto, à pergunta "Que modalidades de avaliação implementa nas suas práticas e que importância lhes atribuir?", implemento as modalidades formativa e sumativa, tendo ambas a mesma importância, dado que acontecem em momentos distintos do processo de aprendizagem.


Reflexão feita no âmbito da frequência do Curso Competência digital docente: avaliação pedagógica


Avaliar: selo de garantia do processo de ensino e aprendizagem

"O que é avaliar?"

Enquanto professora, avaliar é, na sua essência, acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos nos seus vários momentos. Começa, sempre, tem de começar, por tornar claro aos alunos quais os objetivos que têm de alcançar, ou seja, tem de estar muito claro, desde o início, para os alunos o que é que estamos a "fazer" a para o quê. 

Depois, sempre em contexto, construindo uma teia de sentidos, em que as situações de aprendizagem são propostas de forma a que fazerem sentido, o processo de aprendizagem vai acontecendo e sendo construído sempre através de atividades que, frequentemente, têm tarefas nos seus vários momentos. E é fundamental nesses momentos, em que os alunos estão a aprender, que eu consiga responder de forma muito eficiente e rápida sobre o que vão fazendo. Por isso, cada vez mais, opto por momentos de aprendizagem em que, no momento inicial, tudo começa comigo, em grande grupo. A interação é contínua e a estratégia é simples: pergunta / resposta que leve a reflexão. Muitas vezes, nesse processo, pretende-se mesmo que o "erro" aconteça para que possa suscitar a reflexão. 

A seguir, há sempre momentos de trabalho a pares ou individuais, quase sempre por escolha dos alunos. Em situações específicas também é desenvolvido trabalho em grupos de três ou quatro elementos. 

Por fim, em cada aula, existe a prática da síntese durante a qual um aluno por aula identifica aquele aspeto ou aspetos que considerou mais relevante, explicando as razões. Portanto, ainda que frequentemente não seja possível concluir os momentos pensados (as aulas têm cerca de 50 min cada), pelo menos identifica-se aquilo que foi mais marcante. E esses momentos em que são os próprios alunos que me dão feedback sobre o que estiveram a aprender são muito importantes, dado que me permitem, recorrentemente, efetuar alterações ao desenho das atividades pensado inicialmente. E na aula seguinte fazem-se pontos de situações, no princípio, para continuar o trabalho. Naturalmente, ao fim de cada momento de aprendizagem procura-se efetuar um ponto de situação através do qual os alunos possam mostrar que já aprenderam. No fundo, avaliar é, em sentido amplo, a garantia de que, enquanto professora, consigo ensinar e os alunos aprender.


Reflexão feita no âmbito da frequência do Curso Competência digital docente: avaliação pedagógica