RELATÓRIO REFLEXIVO
1. Contexto formativo
- Relevância da temática apresentada para a prática
profissional.
Considerando que, hoje em
dia, os ambientes em sala de aula são cada vez mais diversos, urge repensar as
práticas pedagógicas.
Estou convencida de que a
diferença se faz por aí. Somos nós, professores, os agentes da mudança e temos
de estar cada vez mais capazes, logo competentes, para saber criar situações de
aprendizagem que possam promover significado naquilo que é relevante para os
alunos de forma a que estes reconheçam no currículo valor e se interessem por
aprender.
Como disse no fórum de
apresentação, acredito que é dentro “da sala de aula que posso fazer a
diferença junto dos alunos. É por isso que aqui estou. O lema é "aprender
sempre".
Findo este mês de
aprendizagem, saio com mais ferramentas e, acima de tudo, mais enriquecida pelo
que ouvi, vi e li. Efetivamente, a organização do curso permite-nos “arrumar”
as ideias e começar a ter certezas sobre o assunto – a escola inclusiva – de
que se fala pouco nas escolas. Pelo menos no meu agrupamento. Os professores
das disciplinas têm participado muito pouco naquilo que é a construção das
condições mais favoráveis à inclusão.
Espero ter a capacidade de,
com este conhecimento que daqui levo, ajudar a “alinhar a prática na verdadeira
educação inclusa” (Rómulo Neves).
2. Percurso formativo
- Competências
e conhecimentos adquiridos.
Não tenho dúvidas de que,
após estas semanas de formação, aprofundei os meus conhecimentos na área da
educação inclusiva e a leitura feita em conjunto e com o suporte dos materiais
permitiu-me ficar mais conhecedora da lei da escola inclusiva. Isso irá
permitir-me nas reuniões de departamento e conselhos de turma ser capaz de
participar de forma mais construtiva. Pelas menos assim espero que aconteça.
Sem dúvida que ter tido a oportunidade de
aprofundar o conhecimento de modelos teóricos, nomeadamente o conceito de Desenho Universal para a
Aprendizagem (DUA) me vai permitir responder com maior eficácia às diferenças
individuais dos alunos. Aliás, há cerca de quatros que tenho estado envolvida
em formação no âmbito do Projeto MAIA , procurando participar ativamente na
discussão sobre questões teóricas e práticas de ensino, aprendizagem e
avaliação pedagógica. Fiz no ano passado, também na academia virtual, uma ação
de formação sobre rubricas de avaliação e começo seriamente a pensar em me
inscrever na formação “Gestão Flexível do Currículo”. De facto, o Desenho
Universal para a Aprendizagem com os seus princípios e estratégias relacionados
com o desenvolvimento curricular para reduzir as barrareias ao ensino e à
aprendizagem têm de ser abordados à luz da diferenciação pedagógica e, por isso,
é preciso continuar a estudar e partilhar.
No entanto, a partilha tem de ser
intrínseca da parte de quem partilha e de quem quer receber essa partilha. E,
neste ponto, entra em linha de conta uma pequena reflexão sobre a formação dos
professores e a qualidade do trabalho colaborativo promovido nas escolas. Costumo
dizer que, para muitos de nós, o trabalho colaborativo continua a ser apenas a
partilha de recursos, de materiais. Estaremos perante o primeiro patamar da
“arte” da partilha. Efetivamente, discutir extratégias e processos que permitam
criar situações significativas de aprendizagem requer uma disponibilidade que
nem todos temos. Como digo na última reflexão que faço na formação: “Faz falta
a discussão, a vontade de trocar ideias. De estar disponível para ouvir a
opinião dos outros. Penso que se "isso" se cultivasse mais, todos
participaríamos com mais qualidade e o resultado seria muito favorável às
aprendizagens dos alunos.”
Nesta formação essa discussão foi
possível. A questão é: como refletir com esta eficácia em outros contextos? Nos
contextos de maior proximidade em que todos já nos conhecemos?
- Contributos
para o desempenho profissional.
Esta
aprendizagem irá permitir-me pensar, desenhar e operacionalizar situações de
aprendizagem que possibilitem, principalmente, reduzir os obstáculos nos
processos propostos aos alunos. Esse foi, sem dúvidas, um dos aspetos mais
relevantes que aqui aprendi. Nada que, em teoria, não soubesse, mas que com os
exemplos dados e as discussões que fomos tendo se tornaram, logo, uma prioridade.
Posso mesmo informar que nos enunciados, em suporte papel e digital, deste fim
de período, tive essa preocuação. E é importante dizer que essa preocupação existeu
em relação a todas as situações e não só quando pensei nas situações que
envolvem os alunos que habitualmente estão associados à necessidade de outro
tipo de medidas.
Também essa foi uma garantia que daqui levo: as medidas universais são para todos os alunos. Já assim pensava, fiquei com a certeza. E também a certeza de que, sem o trabalho do aluno, não há medidas que possam surtir efeito.
3. Mudança de práticas
- Concretização:
impacto da formação nas práticas pedagógicas.
Acresce a esse aspeto, o da
melhoria da minha prática pedagógica, logo do meu desempenho profissional, outro
que não será tão relevante mas que também é importante: conseguir participar de
forma mais ativa e eficaz no envolvimento das famílias. Não sou diretora de
turma e essa circunstância limita a minha ação. No entanto, há muito que
reconheço a mais valia da importância da família no sucesso dos alunos.
Devíamos se capazes de saber comunicar com os encarregados de educação, pais,
mães, de forma mais eficaz.
Com os alunos, e no seio da
sala de aula, já procuro partilhar com eles cada momento de aprendizagem
que proponho, incluindo-os já em determinados contextos processo de construção
das situações. Sentem-se “importantes”. Alguns ainda vão “achando estranho”. Às
vezes oiço expressões como “prefiro aulas normais”. Ainda não me foram capazes
de explicar o que isso significa. Mas há discussão e ficamos todos a pensar.
4. Conclusões
- Apreciação global do trabalho desenvolvido.
Globalmente, a ação correu bastante bem, tendo-se privilegiado a aprendizagem em grande e, nos momentos síncronos, no entanto, até porque o grupo não era muito grande, em três sessões conseguimos ter vários momentos de partilha, além da qualidade da informação veiculada pelo formador, cujas intervenções eram quase sempre enriquecidas com as suas experiências profissionais e até pessoais. Essa estratégia funciona de forma muito eficaz, já que nos aproxima bastante daquilo que estamos a aprender. É quase uma experiência imerssiva.
Não posso deixar de destacar também a qualidade não só dos recursos como também de todo o desenho de aprendizagem de cada um dos módulos. Confesso que esse é também um dos meus interesses, a construção de sequências de aprendizagem online. E, efetivamente, este curso, no seu todo, é muito equilibrado na gestão das atividades propostas e respetivos recursos disponbilizados, dando-nos uma sensação ótima de segurança e qualidade quanto àquilo que estamos a a fazer, logo a aprender.
Foi, sem dúvida, um excelente momento de
aprendizagem.
Formação feita em 2024
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