Visualizados os vídeos, passarei, então a dar a minha opinião sobre os aspetos solicitados:
**Que mais-valias pode uma ferramenta deste tipo aportar para os
seus desenhos de aprendizagem?**
As mais-valias estarão intimamente relacionadas com uma questão essencial: Qual é o nível de desempenho do professor no âmbito do domínio das tecnologias digitais? Nos exemplos apresentados sugere-se a utilização de vários recursos e estratégias pedagógicas pelo uso das ferramentas digitais que só um professor com um nível elevado de competência digital poderá decidir de que forma será possível fazer uso dos mesmos de forma integradora. Isto é, sendo eu professora no regime presencial, tenho que saber como utilizar aquela estrutura pré-feita nas aulas que planifico. E isso pode ser complicado, dado que todo o desenho apresentado presta-se, predominantemente, a situações de aprendizagem online onde a comunicação é feita de forma mediada. Ora, se o professor que vai usar essas ferramentas o fizer como substituição do suporte em papel poderá haver um hiato entre o que propõe e o que efetivamente os alunos vão fazer. Portanto, há um longo trabalho de preparação dos alunos para que saibam usar e aprender nesse tipo de ambiente. Terá de haver, por exemplo, em todos os anos letivos, no princípio, atividades de ambientação para que os alunos comecem paulatinamente a aprender a usar as ferramentas com os objetivos didáticos que o professor lhes confere.
No caso do professor dominar já a utilização das ferramentas digitais nos processos de construção pedagógica, este tipo de plataformas pode ser uma mais-valia muito facilitadora, caso ainda não tenha criado a sua própria estrutura para os cenários de aprendizagem.
**Que diferenças identifica no que faz atualmente e
no que pode fazer com uma ferramenta com estas funcionalidades?**
Não encontro muitas diferenças, no que respeita a integração das ferramentas digitais nos cenários de aprendizagem que crio. Quanto ao modelo de cenário o que que uso aproxima-se naturalmente das estruturas apresentadas. Há cerca de seis, sete anos, iniciei com uma colega um processo de construção de modelo de cenário de aprendizagem, já que chegámos à conclusão que as planificações que usámos já não funcionavam. A partir desse trabalho, apresentei enquanto coordenadora de departamento uma estrutura que permitisse facilitar a verticalização das aprendizagens, objetivo que fazia parte do plano de melhoria do nosso agrupamento. Partilho a apresentação criada para o efeito numa reunião de
departamento. Clique no tópico em discussão e use a função responder e/ou comentar. Aconteceu em 2021. Neste momento a estrutura usada já não corresponde na íntegra ao que está nessa apresentação. Um dos aspetos mais interessantes destas estratégias é precisamente a sua permanente possibilidade de adaptação que o uso do digital facilita. Ainda assim, em sala de aula, cada vez uso menos o digital. O que não deixa de ser curioso. Já o disse por aqui: A pandemia deu-me uma certeza: em sala de aula temos de estar cada vez mais com os alunos. E estar aqui é sinónimo de permanente interação, em conversa. Em diálogo, questionando, promovendo a escrita, escrevendo com "eles", lendo com "eles". Lendo para "eles". Esta última uma atividade que, se calhar, muitos de nós ainda usufruímos quando éramos pequenos e os nossos pais nos liam antes de dormirmos...E que agora não acontece. E é tão importante.
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