22 de fev. de 2011

Coied - Segunda semana

A segunda semana começou com a Webinar de Ricardo Vidal: Webinar - Mendeley (ferramenta de gestão e de referenciação bibliográfica). Como não usava qualquer ferramenta de gestão e de referenciação bibliográfica, fiquei bastante interessada na sua aplicação.  Parece-me de grande utilidade, particularmente a questão da referenciação bibliográfica. Ainda durante a sessão instalei a ferramenta e fui tentando acompanhar as orientações do orador. Claro que não consegui experimentar todas as funcionalidades, mas foi um princípio e, sem dúvida, um momento de aprendizagem. Agora tenho de continuar a exploração.
Pelas 21:30 do dia 14 de Fevereiro, iniciava no Second Life (SL) a  Webconference dada por Paulo Frias: Considerações sobre a utilização de Second Life pelos portugueses. Nesta sessão, Paulo Frias apresentou os números e conclusões a que chegou  nas investigações que fez nos últimos tempos sobre a utilização do Second Life feita pelos portugueses. Destaco de seguida alguns dos aspectos evidenciados (de um inquérito feito há cerca de um ano):  os indivíduos mais novos aproximam mais a sua imagem física real do seu avatar do que os mais velhos; um número considerável de inquiridos opta ter um avatar do mesmo género que o da vida real; a maioria reponde que só tem um avatar, sendo essa maioria os mais jovens; é muito importante a aparência física dos avatares para estabelecer comunicação
Concluindo, o professor Paulo Frias confirmou, através do estudo, a hipótese que inicialmente tinha sido formulada de que no SL existia nos portugueses uma forma muito específica destes comunicarem e sobretudo de se representarem e de se apropriarem do espaço virtual, ou seja, existia uma maneira muito nacional, portuguesa de ocupar o SL e que essa especificidade nacional apontava claramente para a valorização quer do idioma, quer do património construído, sobretudo o património mais antigo e oficial que estava conotado com o poder e que conduzia à reconstrução do conceito de lugar e à homogeneidade do grupo. 
Esta foi a primeira sessão a que assisti no SL. Já não entrava nesse mundo virtual há algum tempo e aproveitei para tirar algumas fotos do espaço onde se realizou a conferência. Publico a foto do tecto e que fascina pela conjugação de cores e dela resultar uma  fantástica luminosidade.
Na terça feira, dia 15 de Fevereiro, estavam previstas as realizações de duas sessões:  pelas 19:00, a Webinar - A utilização do Sloodle em Second Life, dada por Paulo Belo e mais tarde, às 21:30 , a Webconference - As redes sociais e as oportunidades de aprendizagem, dada por Ana Dias.
Assisti à primeira. À segunda, que acabou por se realizar no dia 18 de Fevereiro pelas 16:00,  não me foi possível assistir. E apesar de ainda não ter tido disponibilidade para tal, poderei assistir à sessão, uma vez que o vídeo se encontra já disponível. Talvez seja interessante, quando o fizer, reflectir sobre as diferenças entre assistir a uma webconference online sincronamente e assincronamente.
Paulo Belo, na sua apresentação, deu-nos a conhecer o que era o Sloodle e de que forma esta ferramenta integra o Second Life no Moodle. Para isso descreveu-nos uma experiência do Curso de Introdução ao Flash em Second Life, curso integrado no projecto de investigação em Second Life. A par do interesse que tenho sobre qualquer situação de aprendizagem no Seconde Life, neste caso, e nesta sessão, dou particular destaque para o facto desta ter sido uma das sessões mais interactivas, uma vez que foi dada aos participantes a possibilidade de ir mudando os slides, sendo possível voltar atrás ou avançar, enquanto a apresentação decorria.
Na quarta feira, dia 16 de Fevereiro, consegui assistir às duas sessões:
Na primeira sessão - PLE e o desenvolvimento de competências profissionais 2.0 - , Paulo Simões, num registo bastante  interactivo, foi-nos esclarecendo sobre como criar o nosso PLE e sobre o que poderia ser esse espaço. Colocando questões aos participantes, o orador foi-nos conduzindo através da sua apresentação, da qual destaco os seguintes aspectos: 
  • A palavra chave das competências profissionais 2.0 é partilha e esta questão torna-nos líderes e /ou seguidores
  • Num ambiente de partilha todos temos algo para contar;
  • Todos temos um espaço pessoal de aprendizagem;
  • A web 2.0 proporciona um conjunto de ferramentas essenciais para o PLE, possuindo a  capacidade das mesmas se interligarem e partilharem.
A segunda sessão da noite - Os 4 P's das Metas de Aprendizagem na área das TIC  - interessou-me particularmente pelo facto de ser professora (de Língua Portuguesa) no 3º ciclo. Apesar de ter lido o documento sobre as metas de aprendizagens, ainda não tinha tido a oportunidade de ouvir falar sobre elas. Portanto, este foi, claramente, um momento de formação.
A apresentação foi dividida em duas partes: numa primeira, apresentou-se o projecto e procedeu-se à sua contextualização e justificação, isto é, fez-se a apresentação do projecto e respectivo processo. Na segunda parte, apresentaram-se as metas, propriamente ditas - o produto -,  e as perspectivas, uma vez que as metas não são um documento acabado e só cumprirão o seu objectivo quando estiverem nas mãos dos principais destinatários: os professores.
As metas pretendem clarificar as aprendizagens e as competências que para cada ano e área disciplinar os jovens e as crianças devam atingir e a forma como o documento foi apresentado nesta conferência já me permitiu 'olhar' para o texto no seu todo de uma forma, pelo menos, mais interessada.
Tenho a certeza de que voltarei a consultar os documentos disponibilizados durante a apresentação feita por Elisabete Cruz. Agradou-me, em particular, o carácter pragmático que este projecto parece querer imprimir ao processo de implementação do mesmo.
Destacaria ainda desta sessão, o momento final de interacção entre os professores José Lagarto e Fernando Albuquerque Costa. O professor José Lagarto manifestou a sua preocupação pelo facto das Metas de Aprendizagem  nas Áreas das TIC não preconizarem a existência de um espaço TIC dado por profissionais,  isto é, professores da área de informática. Em resposta, o professor Fernando Albuquerque Costa referiu que o desafio das metas de aprendizagem das áreas da TIC não é apenas um desafio para os professores e cada um dos professores individualmente. Será também um desafio para outras instâncias, por exemplo: Quem forma os futuros professores (formação inicial); As próprias escolas, uma vez que esta é uma tarefa do Projecto Educativo da Escola; Quem faz a formação contínua dos professores e para o próprio Ministério da Educação.
Na quinta feira, 17 de Fevereiro, não consegui assistir às sessões. No primeiro caso, 19:00 - 20:00, Webinar - Repositórios de recursos, a problemática da partilha, por Pedro Ramalho, ainda entrei na sala, mas não pude permanecer. Na segunda sessão, 21:30 - 22:30, Webconference SL - Mundos Virtuais em Educação: para onde estamos caminhando, por João Mattar, não consegui aceder ao espaço no SL. Assim que me for possível, procurarei visionar os vídeos de ambos os momentos  e que se encontram já disponíveis.
Às 19:00, do dia 18 de Fevereiro, teve lugar a  Webinar - O Quadro Interactivo e o Trabalho Cooperativo - Sucesso Garantido, dada por José Paulo Santos. Entrei na sala, já a sessão estava a decorrer, mas ainda consegui acompanhar parte da apresentação. Esta sessão veio, de alguma forma, enriquecer a aprendizagem  efectuada na Acção de formação que frequentei em Novembro e sobre a qual já aqui escrevi. Achei muito aliciante a perspectiva de integração do quadro interactivo num contexto de aprendizagem cooperativa. Talvez seja esse o passo a dar para que os alunos possam, em sala de aula, usufruir do quadro interactivo na sua plenitude. Parece-me que voltarei a ler mais vezes a apresentação... Ainda desta sessão, destaco a seguinte frase dita a propósito do ambiente de trabalho desenvolvido à volta do quadro interactivo: Havia alegria em torno de tudo o que se fazia com o quadro interactivo. Este pormenor vai ao encontro daquilo que destaquei da intervenção do professor  João Paiva, no dia 9 de Fevereiro: A utilização da tecnologia para fins educativos ou outros deve ser sempre humanizada.

Às 21:30 começou a Webconference SL - A utilização do Machinima em contexto educativo, dada por Inês Messias e Hugo Almeida.
Numa primeira parte, Hugo Almeida explicou o que era a Machinima - a arte de filmar em ambientes virtuais 3D em tempo real - , e como qualquer um poderá produzir machinima.  Depois, partindo da descrição sumária de dois dos seus projectos, mostrou como o SL poderia ter  utilidade em  contextos educativos - Pessoa -  e  ser uma plataforma de trabalho colaborativo com pessoas de todo o mundo (Terra dos Sonhos).
Por seu lado, Inês Messias falou do desenvolvimento da machinima para  projectos educacionais e a sua utilização em ambientes virtuais. Para isso apresentou dois exemplos de projectos educacionais em ambientes virtuais: Mew Media Consortium e o espaço SLESES. Das palavras de Inês Messiais retenho a seguinte ideia como essencial para o trabalho a desenvolver no Second Life: Trata-se de um espaço que  permite mudar os cenários e as  personagens   possibilitando assim a adaptação ao conteúdo educacional que se pretender.
Finda a sessão, os avatares presentes foram convidados  para uma festa surpresa oferecida pela professora Teresa Bettencourt, no castelo de Almourol.

Ao longo da semana, escrevi uma ou duas vezes, nas interacções com os outros participantes, que iria ter saudades da rotina das duas últimas semanas. Nem sempre foi possível estar presente, mas parece-me que de tudo o que ouvi e li, aprendi o suficiente para ter vontade  de escrever sobre a experiência.
Teria feito o mesmo se o evento tivesse sido presencial?
Julgo que não. Provavelmente, o que ouvira, teria ficado no papel como outras vezes aconteceu.
Da experiência que tenho de momentos de aprendizagem a distância e, particularmente em regime online, a escrita é, no meu caso, quase sempre uma consequência.  Como o processo de escrita está a ser feito neste ambiente, só restará, no final, clicar em Publicar Postagem e depois divulgar, juntando este ao post da semana passada.
Resta esperar pela continuação do projecto em 2012 e agradecer à organização da Coied  a oportunidade de continuar a ser aprendente: Obrigada.

    4 comentários:

    José Paulo Santos disse...

    Cara Rosalina, tenho de te felicitar pela fantástica memória descritiva da 2ª semana do COIED. Conhecer a perspectiva de quem participa é um meio de podermos ir ao encontro das necessidades de cada um.
    Li com imenso agrado este teu posto e fiquei com uma percepção clara sobre os acontecimentos desta semana de Webinares e WebConferences. Acho que seria bem-vindo um post da tua parte na comunidade Interactic 2.0 sobre isto, convidando as pessoas a comentar.
    Abraço

    Cornéli@ disse...

    Achei interessante a ideia de a Rosalina ter feito este "diário de bordo digital". E mais ainda o facto de referir que, se a conferência tivesse ocorrido presencialmente, provavelmente não o faria. Uma questão interessantíssima para fazer pensar... na socialização que, afinal, as tecnologias permitem, por exemplo...

    Rosalina Simão Nunes disse...

    Olá José Paulo :)

    Antes de mais, obrigada elas palavras.

    Quanto ao desafio,está aceite. ;-) Até ao final da semana farei isso.

    Abraço
    R.

    Rosalina Simão Nunes disse...

    Olá, Cornélia :)

    Sim, essa é uma questão que me tem feito "perder" algumas horas e gostava de a perceber. Acho que vou aproveitar o desafio do José Paulo e partir daí para discussão.

    Abraço
    R.