24 de jan. de 2011

QIM - Língua Portuguesa

Frequentei em Novembro a seguinte Ação de Formação: QIM (Quadros Interactivos Multimédia) no Ensino/Aprendizagem da Língua Portuguesa. Esta ação de formação é parte integrante do programa Competências TIC. O quadro interativo multimédia apresenta potencialidades que permitem alterar de forma significativa a natureza da informação trabalhada na aula (com recursos multimédia e de animação gráfica), os tempos e espaços de aprendizagem (com a disponibilização “on-line” de recursos), e as dinâmicas da sala de aula.
De acordo com a informação que nos foi dada e à qual tivemos acesso, os objetivos desta Ação de Formação eram:
  • Apoiar as escolas e os professores na criação de condições para uma adequada utilização dos quadros interactivos multimédia em contextos de aprendizagem escolar;
  • Reflectir sobre os impactos do paradigma digital nos processos de comunicação e interacção e o seu potencial para promover a inovação e mudança dos processos de ensino e de aprendizagem;
  • Favorecer a emergência de novas práticas pedagógicas ao nível dos professores potenciando os benefícios dos quadros interactivos na renovação dos contextos de aprendizagem e eficiência do processo educativo;
  • Reflectir e debater as potencialidades dos quadros interactivos na didáctica específica da Língua Portuguesa.
Passarei, de seguida, a descrever o processo de formação. A ação foi organizada em quatro sessões presenciais que tiveram lugar no Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, no Bombarral, nas seguintes datas: 08, 11, 15 e 18 de Novembro, entre as 19:00 e as 23:00 horas. Paralelamente ao trabalho desenvolvido presencialmente, foi também possível aceder ao espaço online disponibilizado pelo Centro de Formação das Escolas de Torres Vedras e Lourinhã. Aí acedíamos aos materiais disponibilizados pelo formador (Rui Vaz). Também participámos em fóruns e foi também utilizando a plataforma que enviámos os trabalhos finais e respondemos ao inquérito de autoavaliação.
O espaço estava organização da seguinte forma:
1ºTópico - Identificação da Ação de Formação e respectivo formador;
2º Tópico - Estavam disponibilizados documentos de apoio à formação;
3º Tópico - Espaço para Fóruns;
4º Tópico - Glossário;
5º, 6º, 7º e 8º Tópicos - Apresentação de cada uma das sessões com os respectivos sumários e recursos necessários.
Parece-me importante fazer referência a este recurso de apoio e à forma como o mesmo estava organizado uma vez que foi um elemento importante para o sucesso da formação.
Fazia parte da nossa avaliação a elaboração de um Relatório final. Passarei de seguida a citar o excerto onde reflito sobre o valor formativo da ação de formação:
Para já, e mesmo depois da Formação, não me parece que, de imediato, os QIM venham a alterar as minhas práticas pedagógicas. É certo que tenho aulas sempre na mesma sala que, por acaso, tem um QIM. No entanto, também é certo que o trabalho desenvolvido junto dos alunos, em sala de aula, exceptuando os momentos de leitura silenciosa e a resolução de testes, tem por base o trabalho colaborativo. Portanto, em vez de alteração de práticas pedagógicas eu prefiro referir que, provavelmente, os QIM irão diversificar e, quiçá, enriquecer as minhas práticas pedagógicas.
Neste momento comecei já a usar o QIM no primeiro nível (utilização de programas e sites da internet, com ferramentas dos QIM). Depois, mais familiarizada com o recurso, irei tentar encontrar uma forma que permita a  sua utilização pelos alunos, sem que se tenha de abdicar do trabalho colaborativo. Talvez fosse interessante, por exemplo, propor aos alunos a criação de flipcharts. Provavelmente, os alunos iriam achar estimulante e talvez dessa forma se conseguisse aferir melhor sobre as dúvidas das matérias.
A terminar, partilho o link do recurso que construí e que contou também para a minha avaliação. Optei por construir um flipchart que pudesse ser usado após o estudo dos vários episódios d’Os Lusíadas.
Nele se propõe aos alunos uma actividade interactiva durante a qual, ouvindo excertos dos vários episódios, terão de os identificar. Apresentam-se apenas duas páginas de exercícios, mas, em situação real, seriam construídas mais páginas a fim de possibilitar a participação de mais alunos.

3 comentários:

José Paulo Santos disse...

Cara Rosalina, é com imensa satisfação que leio este breve texto, um relato precioso sobre uma experiência de formação. Esta partilha pública deveria ser uma regra e não uma excepção. Agrada-me ouvir/ler estas narrativas na 1ª pessoa, que exteriorizam perspectivas sobre a formação de professores.
Gostaria muito de tecer alongadas considerações sobre o teu relato, mas, para já, apenas destacaria esta tua afirmação: "não me parece que, de imediato, os QIM venham a alterar as minhas práticas pedagógicas." É provável que não, mesmo, Rosalina. E esta afirmação já a ouvi imensas vezes(e até bastante extremistas!).
Já escrevi muito sobre esta tecnologia, desde 2006, e já vi e ouvi de tudo... Uma coisa é certa: tudo assenta na atitude aberta, no acolhimento que se dá em busca de melhorias e de novas abordagens aos processos pedagógicos e, isso, está patente em ti. Há níveis de utilização desta tecnologia que muito poucos professores conhecem, pois ainda não percorreram o caminho esforçado e empenhado de adequação e integração da mesma nos mais variados domínios e áreas disciplinares. Há algo que nem sempre se vê na sala de aula: a criatividade e a capacidade de transformação!
Seja como for, estarei atento aos próximos capítulos e à tua partilha que muito poderá ajudar outros colegas a dar os seus primeiros passos, mesmo que outros já os tenham dado há muito tempo, como está bem patente no blogue Interact: http://interactsite.blogspot.com
Bom trabalho

José Paulo Santos disse...

Disse 2006, mas queria dizer: 2004, mesmo que isto pouco ou nada signifique...

Rosalina Simão Nunes disse...

Olá, José Paulo :)

Eu gosto disto!! E por isto quero dizer a facilidade com que se pode partilhar e trocar opiniões. Basta 'dizer' e aguardar que os outros digam. É bom.
Quanto àquilo que tenho feito, em sala de aula, com o QIM, tem passado por observar, estar atenta às reacções dos miúdos. Por exemplo, nas turmas do 7ºAno é maior a receptividade. Ou melhor, nestas turmas pedem para "mexer", experimentar.
Nas turmas do 9ºAno acham piada, mas não pedem para experimentar. Preferem dizer-me como se faz. :))))
De resto, no 9º já os desafiei...
Quanto ao pormenor da data, pode não ser essencial, mas sem dúvida que é relevante. :)